Bradar e assobiar

Existem muitos umbandistas que ainda acreditam que os brados, assobios e outros sons que as entidades emitem são comportamentos atávicos e primitivos (pejorativamente falando). Que pena que ainda pensam assim… eu imagino Deus, um Orixá criando pelo verbo falando inglês, aramaico… seria estranho, não?

As entidades da Umbanda são grandes mestres das forças da natureza, profundos conhecedores das forças e das energias dos elementos naturais e astrais e ao interagirem com tais forças, principiam forma e movimentos a partir do mínimo esforço e os sons, ou magia mântrica é apenas uma dessas formas de utilização dessas energias. A partir do som, eles interagem e acionam as forças dos elementos, dos animais, cristais e uma série de outras substâncias que nossa percepção esta muito longe de alcançar a fim de provocar alterações em nossa realidade, reestruturar nossa composição natural ou ainda nos curar e harmonizar.

Todo gesto, todo som emitido por um médium genuinamente incorporado com sua entidade é objeto de profunda observação e estudo, pois essas entidades nem conseguem nos trazer muito bem em palavras tais explicações. A exemplo da batida no peito de um caboclo, este é o mesmo toque dos tambores graves (o rum, atabaque mais grave, é aquele que fala com os ancestrais), faz o sentimento da interação médium-entidade se tornar som, além de uma profunda explosão energética pelo toque no chacra cardíaco, centro energético que intermedia as relações entre os centros físicos e astrais. Nada na Umbanda é feito em vão, mas é preciso olhos para ver…

Contato & Localização

2022 © Centro de Estudos e Irradiações do Aumbandan. Todos os direitos reservados.

plugins premium WordPress